Cowsandsheep

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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Orlando

Capa da 1ª edição
Orlando: Uma Biografia é o sexto romance de Virginia Woolf publicado em 11 de Outubro de 1928.  A pseudo-biografia, inspirada na tumultuosa história familiar da amiga íntima de Woolf, a poeta e romancista aristocrata Vita Sackville-West, é possivelmente um dos romances mais populares e acessíveis de Woolf: uma história da literatura inglesa de forma satírica.
O livro é uma biografia histórica fantástica, que se estende por quase 400 anos da vida de seu protagonista. O romance foi concebido como uma pausa da escritora (“Writer’s Holiday”) dos mais estruturados e demandantes romances. Woolf não permitiu que nem tempo ou gênero reprimissem sua escrita. Considerado um clássico feminista, muito tem sido escrito sobre o livro por estudiosos da escrita das mulheres e de estudos de gênero e transgenêros.
O protagonista, Orlando, envelhece somente 36 anos e muda de sexo de homem para mulher durante a trama. Esta pseudo-biografia satiriza biografias Vitorianas mais tradicionais que enfocam fatos e verdades na vida de seus biografados. Apesar de Orlando ter sido intencionado a ser uma sátira ou “holiday”, o livro toca em importantes questões de gênero, auto-conhecimento e verdade, com  o estilo poético característico de Virginia Woolf.
Nascido no seio de uma família de boa posição em plena Inglaterra elisabetana, Orlando acorda com um corpo feminino durante uma viagem à Turquia. Por ser dotado de imortalidade, sua trajetória então atravessa mais de três séculos, ultrapassando as fronteiras físicas e emocionais entre os gêneros masculino e feminino. Suas ambiguidades, temores, esperanças, reflexões são observados com inteligência e sensibilidade nesta narrativa que permanece como uma das mais fecundas discussões sobre a sexualidade humana.
Vita Sackville-West
A um só tempo cômico e lírico, Orlando mostra o trajeto do personagem entre embates com armas brancas, acalorados debates filosóficos no século XVIII, a maternidade e até mesmo num volante a bordo de um automóvel. Tudo isso vem costurado pela prosa luminosa de Woolf nesta que é uma das grandes declarações de amor da literatura ocidental.

Orlando foi escrito no ápice da carreira de Woolf. Ele foi um livro extremamente popular quando publicado pela primeira vez. Nos seis primeiros meses após sua publicação, foram vendidas mais de oito mil cópias. Ao Farol, em comparação, vendeu menos da metade desta quantia. A renda de Woolf oriunda da venda de livros quase triplicou com a publicação da obra.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Virginia Woolf

Woolf em 1902 

Em 25 de Janeiro de 1882, Leslie e Julia Duckworth Stephen conceberam uma filha, Virginia Stephen. Leslie, um pároco que se tornou agnóstico, foi um homem letrado que serviu como editor do Cornhill Magazine e mais tarde começou a compilar o Dictionary of National Biography, pelo qual é mais conhecido. Os pais de Virginia consolidaram tradicionaisestereótipos femininos e masculinos. Seu pai era austero eisolado; sua mãe era mais emocional e gostava de poesia. Virginia teve vários irmãos e irmãs, mas somente era próxima de poucos deles. Em 1895, após a morte de sua mãe, a família se mudou para Bloomsbury, London. Lá, Virginia se tornou a escritora da família.
Virginia lidou com colapsos mentais por toda sua vida, tentando suicidar-se duas vezes antes de 1904. Uma vez em Bloomsbury, sua carreira de escritora começou a decolar. Com alguns dos amigos da universidade de seu irmão, Virginia formou o Grupo de Bloomsbury, um grupo de jovens que trabalhavam em diferentes áreas, mas compartilhavam semelhantes interesses e tinham o mesmo objetivo de rejeitar comportamentos convencionais. Esse grupo, que grandemente prezava o pensamento independente, apreciava os talentos de Virginia.
Em 1912, Virginia casou com Leonard Woolf e, apesar da pouca intimidade física em seu casamento, Virginia o respeitava enormemente.Sua opinião era a que mais importava para ela. Leonard a apoiava oferecendo um ambiente controlado e regulado, que era condutivo a escrita, além de ajudá-la a lidar com sua saúde mental. A psicose maníaco-depressiva de Virginia ficava pior quando ela se aproximava do fim da escrita de um romance, pois, incapaz de lidar com criticismo, era vulnerável a colapsos. Leonard ajudou Virginia a canalizar sua energia ao começarem sua própria editora, a Hogarth Press. Trabalhar nela trouxe a Virginia necessário relaxamento mental.
Woolf em 1927
Escrever nem sempre era uma tarefa fácil para Virginia, porquanto, por ser perfeccionista, ela trabalhava em suas obras até o último momento. Mas, geralmente, seus trabalhos eram bem recebidos e ela rapidamente se tornou escritora bastante aclamada. Ainda assim,sua doença mental era uma batalha que ela não podia vencer. Em 28 de Março de 1941, temendo outro colapso, Virginia cometeu suicídio ao encher seus bolsos com pedras e pular de uma ponte em um rio.

Seus trabalhos mais famosos incluem os romances Mrs. Dalloway (1925), Ao Farol (1927) e Orlando (1928), bem como o livro-ensaio Um Teto Todo Seu (1929), onde encontra-se a famosa citação "Uma mulher deve ter dinheiro e um teto todo seu se ela quiser escrever ficção".


Fonte

sábado, 28 de março de 2015

Encontro "Admirável Mundo Novo"

Voltamos!!!

Foi um encontro bem tímido. Cadê todo mundo????

Bem, uma obra vai, outra obra vem... mais um livro nos aguarda.
Mais uma vez, da nossa lista de "excluidos", os indicados foram:

  1. 1984
  2. Cem anos de Solidão
  3. Orlando

E o escolhido foi...

ORLANDO!!!

Até o próximo encontro!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Céu e Inferno divididos em “O Grande Abismo” de C.S. Lewis


C.S. Lewis é conhecido no mundo todo por sua habilidade em transformar teologia em fantasia. Um dos seus livros menos populares, apesar de estar entre os preferidos do autor, é O Grande Abismo. O título original – The Great Divorce (O Grande Divórcio) – se refere a separação do Céu e Inferno.

Ele escreveu este livro em 1945 em resposta ao livro O Casamento do Céu e do Inferno (1790) de William Blake. Segundo o próprio Lewis em seu prefácio, a ideia não é antagonizar a quem ele chama “um grande gênio”, mas expressar sua ideia de que tal casamento seria impossível.

O livro conta a estória de um homem, nosso narrador (que assim como Dante) viaja - em um ônibus - entre Céu e Inferno. Seu “Virgilio” é o autor George MacDonald, que acompanha nosso narrador proporcionando várias reflexões sobre o bem e o mal, atos e consequências.

O livro ganhou uma certa popularidade nos últimos tempos. Uma peça está atualmente em cartaz nos Estados Unidos - http://greatdivorceonstage.com/ - e um filme foi anunciado como “em desenvolvimento”, mas sem data para as filmagens - http://variety.com/2010/film/news/producers-wed-for-divorce-fantasy-1118020900/
 
 

C.S. Lewis - O criador de Nárnia

Sobre o autor:
C. S. Lewis, ou Jack Lewis, como preferia ser chamado, nasceu em Belfast, Irlanda do Norte em 29 Novembro de 1898. Ele era o segundo filho de Albert Lewis, advogado, e Flora Hamilton Lewis. Seu irmão mais velho, Warren Hamilton Lewis, conhecido como Warnie, nasceu em 1895.

Primeiros Anos:
Sua infância foi relativamente feliz e livre. A casa da família, chamada Little Lea, tinha um grande jardim com passagens estreitas que os irmãos exploravam. Havia também uma biblioteca abarrotada de livros – dois de seus favoritos eram A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson e O Jardim Secreto de Frances Hodgson Burnett.

Uma Grande Perda:
A infância feliz acabou quando sua mãe ficou doente e faleceu em 1908. Pouco mais de um mês depois de sua morte, os dois garotos foram mandados para um internato na Inglaterra.

Lewis odiava a escola, com suas regras restritivas e um diretor rabugento e a falta que sentia de Belfast. Por sorte, a escola fechou em 1910, e lhe foi possível voltar para a Irlanda.

Porém, um ano mais tarde foi novamente enviado para a Inglaterra para estudar. Desta vez, a experiência foi mais positiva. Na adolescência, Lewis aprendeu a amar a poesia, especialmente as obras de Virgílio e Homero. Ele desenvolveu um interesse pelas línguas modernas, sendo proficiente em francês, alemão e italiano.

Um aluno de Oxford:
Em 1916, Lewis foi aceito na Universidade de Oxford, a faculdade mais antiga de Oxford (fundada em 1249). Logo depois que entrou para a universidade, Lewis se alistou para o serviço durante a I Guerra Mundial, Servindo ao Exército Britânico e depois lutando nas trincheiras francesas. Ao final da Guerra, em 1918, Lewis retornou a Oxford, onde ele retornou seus estudos com grande entusiasmo. Em 1925, depois de sua graduação, recebendo mérito honroso em Grego e Literatura em Latim, Filosofia e História da Antiguidade, e Literatura Inglesa, Lewis foi eleito para um importante cargo no departamento de Inglês da Faculdade Magdalen em Oxford. Ele permaneceu em Oxford por 29 anos antes de se tornar professor de literatura medieval e renascentista na Faculdade Magdalene em Cambridge, em 1955.

Lewis, o escritor:
Além de suas atividades como professor na Universidade, Lewis começou a publicar livros. Seu primeiro trabalho importante, O Retorno do Peregrino (1933), foi a respeito de sua própria jornada na fé Cristã. Outros trabalhos aclamados seguiram não só como escritor de livros sobre religião, mas também como autor de livros acadêmicos e romances. A Alegoria do Amor (1936), que é considerado um obra-prima nos dias de hoje, é sobre a história do amor na literatura desde a Idade Média até os tempos de Shakespeare; Além do Planeta Silencioso (1938) é o primeiro livro da série de ficção cientifica, onde o herói é superficialmente baseado em seu amigo e autor do clássico O Hobbit, J.R.R. Tolkien.

Nárnia:
Inicialmente, quando Lewis começou a escrever livros infantis, sua editora e amigos tentaram dissuadi-lo da ideia; eles achavam que isso poderia prejudicar sua reputação como escritor de trabalhos sérios. Tolkien, em particular, criticou o primeiro livro da série Nárnia, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa; ele pensava que existiam muitos elementos que coexistiam – Papai-Noel e uma bruxa malvada, animais falantes e crianças. Felizmente, Lewis não ouviu nenhum deles.

Seguindo a publicação de O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa em 1950, Lewis escreveu mais 6 livros da série, publicando o último, A Última Batalha, em 1956. Apesar de não terem sido bem recebidos pela crítica à primeira vista, os livros ganharam popularidade no boca-a-boca. A coleção desde então vendeu mais de 100 milhões de copias e está entre mais amados os clássicos da literatura infantil.

O fim da vida:
Ao finalizar As Crônicas de Nárnia, Lewis continuou a escrever autobiografias e assuntos religiosos, mas não com tanta frequência. Basicamente porque ele estava ocupado com os problemas de saúde se sua esposa, Joy Gresham, com quem se casou em 1956. Joy faleceu em 1960.

Após sua morte, a saúde do próprio Lewis deteriorou e, no verão de 1963, ele entregou seu cargo em Cambridge. Sua morte, em 22 de novembro de 1963 – mesmo dia em que o Presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy foi assassinado e da morte do autor Aldous Huxley – foi pouco anunciada. Ele, porém, é lembrado por leitores ao redor do mundo, a quem ele tem entretido e inspirado por gerações.
 
Sites Relacionados:

The oficial website of C.S. Lewis - https://www.cslewis.com/us
Into the Wardrobe - http://cslewis.drzeus.net/

Pagina no Facebook - https://www.facebook.com/cslewisbrasil

Fonte: http://www.factmonster.com/spot/narnia-lewis.html

domingo, 26 de outubro de 2014

Encontro "O Apanhador no Campo de Centeio"


Mais um encontro, gente nova e muita conversa boa.
Todo mundo com o livro lido, parabéns!!!

A discussão foi ótima.
Vai ser sempre um prazer passar uma tarde compartilhando ideias com vocês. É bom ver que opiniões diferentes neste grupo são bem vindas e incentivadas. Que diferenças somam e nunca dividem. Trazem sorrisos e criam laços.

Tivemos até um intercambio de clubes do livro. Bem vinda Camilla do Clube do Livro pra Contar!

Agora, preparando para nosso próximo encontro, tivemos nosso sorteio do tema 'C.S. Lewis'
Não informo a lista desta vez, já que, neste processo, o voto foi secreto.
Mas o livro escolhido foi:

"O Grande Abismo"

Nosso encontro será em 25 de Novembro.

Até lá.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

J. D. Salinger


Jerome David Salinger
 (Nova Iorque1 de janeiro de 1919 — CornishNew Hampshire27 de janeiro de 2010) foi um escritor norte-americano. Sua obra mais conhecida é o romance intitulado The Catcher in the Rye (O Apanhador no Campo de Centeio), publicado em 1951 nos Estados Unidos.



Nasceu em Manhattan, Nova Iorque, em 1º de janeiro de 1919, filho de pai judeu de origem polaca e mãe de origem escocesa e irlandesa. Começou escrevendo ainda na escola secundária, e publicou vários contos no início da década de 1940, antes de servir na II Guerra Mundial. Em 1948, ele escreve o seu primeiro conto aclamado pela crítica, A Perfect Day for Bananafish (Um dia perfeito para Peixe-banana, em português), publicado na revista The New Yorker, que seria o local de onde sairiam mais outros contos seus nos anos seguintes. Em 1951, publica seu primeiro romance, The Catcher in the Rye (O Apanhador no Campo de Centeio), que torna-se um sucesso imediato. Sua descrição da alienação da adolescência e da inocência perdida através do seu protagonista, Holden Caulfield, com vocabulário e girias , serviu de influência para toda uma geração de novos leitores, especialmente adolescentes. O livro continua tendo uma vendagem estimada em 250 mil cópias por ano.
O sucesso de The Catcher in the Rye chamou atenção do público para Salinger, que, a partir de então, torna-se recluso, publicando menos do que antes. Os livros que se seguem ao Centeio são: Nine Stories (Nove Histórias no Brasil, Nove Contos em Portugal), de 1953, um apanhado de nove contos publicados na revista The New Yorker entre 1948 e 1953;Franny & Zooey, de 1961, que consiste de duas novelas curtas, Franny e Zooey; e Raise High the Roof Beam, Carpenters and Seymour: An Introduction (em português, Carpinteiros, Levantem Bem Alto a Cumeeira e Seymour, uma Introdução), de 1963, que também reúne duas novelas de Salinger. Estes três livros têm histórias em que são personagens principais a Família Glass, constituída por Buddy (espécie de alter ego do escritor), Seymour, Boo Boo, Walt, Waker, Franny e Zooey Glass, todos irmãos.

Depois disso, Salinger continuou recluso, aparecendo esporadicamente na imprensa. No final dos anos 90, são publicadas duas obras de memórias de pessoas próximas a Salinger; Joyce Maynard, sua ex-amante, e Margareth Salinger, sua filha.Seu último trabalho publicado, uma novela intitulada Hapworth 16, 1924, apareceu em The New Yorker em 19 de junho de 1965. O autor morreu em 2010.



Fonte: Wikipédia