Cowsandsheep

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domingo, 25 de novembro de 2012

Encontro do Livro "A Hora da Estrela"

Mais uma vez juntos (ops!) juntas - a mulherada dando um show no compromisso - e mais um ótimo livro na estante do nosso grupo.
Gente boa
Conversa boa
Varias ideias e programações futuras!

Mais um livro nos aguarda. Ficou decidido que para o próximo encontro leriamos romances policiais.
Foram indicados:

  1. "Uma Face para Cada Crime" de William Goldman
  2. "O Zodíaco" de Robert Graysmith
  3. "O nome da Rosa" de Umberto Eco
  4. "O Psicopata Americano" de Bret Easton Ellis
  5. "O Xango de Baker Street" de Jô Soares.
O escolhido foi "O Zodíaco" de Robert Graysmith. 

O próximo encontro sera em 12 de Janeiro. 
Aguarde nosso "Sarau do Fim do Mundo". 

sábado, 24 de novembro de 2012

Robert Graysmith

Robert Graysmith (Pensacola, Florida, 17 de setembro de 1942) é um escritor de literatura de não-ficção norte-americano, autor de livros sobre assassinos em série como o Assassino do Zodíaco.
Ele escreveu vários livros tais como: Zodiac (1976, Zodíaco) e The Murder of Bob Crane (1993, O Assassínio de Bob Crane).

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Graysmith

“Zodíaco” de robert graysmith: investigações policiais carregadas de suspense sobre um serial killer



Zodíaco (pocket)
 
O livro é baseado em fatos reais e o autor viveu de perto a estória. Robert Graysmith era um cartunista em um grande jornal de São Francisco, na Califórnia no final da década de 60. Bem jovem, Graysmith acompanha o alvoroço na redação do San Francisco Chronicle com o recebimento de uma carta codificada juntamente com um pedaço de pano ensanguentado que parece ser parte de uma roupa.
Esse pitoresco fato vai despertar a curiosidade e o lado detetivesco do jovem e com o tempo faz com que isso se torne uma verdadeira obsessão para ele.
Empenhados em decodificar a carta recebida, os jornalistas e agentes do FBI e da CIA se unem. Diversas tentativas foram feitas para entender a mensagem, porém após muito custo e tentativas mal-sucedidas, o código foi decifrado. Começa então uma investigação sobre a autoria da carta, afinal um homem declarava ter assassinado outro e deu pistas sobre o próprio crime que cometera.
E, assim, uma sucessão de crimes hediondos e gratuitos começou a acontecer na Califórnia, aterrorizando a população, intrigando a polícia e inquietando jornalistas. Cartas começaram a chegar à redação do San Francisco Chronicle narrando outros crimes, futuros crimes e dando pistas sobre quem era o Zodíaco, codinome dado pelo assassino para si próprio.
O Zodíaco começou a ficar ainda mais ousado e passou a exigir que o San Francisco Chronicle publicasse trechos de suas cartas nos jornais. O que foi uma grande polêmica entre editor e policiais, pois se não publicassem, novos crimes aconteceriam, e se publicassem se tornariam reféns das exigências do maníaco.
Policiais e agentes por mais que investigassem e tentassem descobrir o verdadeiro assassino, não chegaram a lugar algum. E por mais de vinte anos as investigações prosseguiram, sem sucesso.
O jornalista Paul Avery, amigo de Graysmith dá uma de detetive e tenta também identificar a identidade do serial killer, também sem chegar a lugar algum. E nessa busca louca e desenfreada estava também o próprio jovem cartunista que acabou por negligenciar a própria família em busca da sua obsessão.
O Zodíaco, a ousadia de suas ações, a perfeição com que cometia os crimes sem deixar vestígios claros e a não solução dos casos, impressionaram tanto Graysmith que ele decidiu escrever o livro “Zodíaco” contando detalhes sobre a estória de um dos serial killers mais procurados dos Estados Unidos, até hoje.
Fonte: http://universoliterario.wordpress.com/2010/07/29/zodiaco-de-robert-graysmith-investigacoes-policiais-carregadas-de-suspense-sobre-um-serial-killer/

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Clarice Lispector, nascida Haia Pinkhasovna Lispector (Tchetchelnik10 de dezembro de 1920 — Rio de Janeiro9 de dezembro de 1977) foi uma escritora e jornalista brasileira, nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira.

De origem judaica, Clarice foi a terceira filha de Pinkouss e de Mania Lispector. Nasceu na cidade de Tchetchelnik enquanto seus pais percorriam várias aldeias da Ucrânia por conta da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921. Chegou ao Brasil quando tinha dois meses de idade[1], e sempre que questionada de sua nacionalidade, Clarice afirmava não ter nenhuma ligação com a Ucrânia - "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil.[2]
A família chegou a Bragança Paulista em março de 1922, sendo recebida por Zaina, irmã de Mania, e seu marido e primo José Rabin. Por iniciativa de seu pai todos mudaram de nome, exceto Tânia, sua irmã. O pai passou a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia, sua irmã, Elisa; e Haia, por fim, Clarice. Pedro passou a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.[1] Com dificuldades de relacionamento com Rabin e sua família, Pedro decide mudar-se para Recife, então a cidade mais importante do Nordeste.
Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade de Recife, onde passou parte da infância no bairro de Boa Vista. Estudou no Ginásio Pernambucano de 1932 a 1934. Falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno, o iídiche.
Sua mãe morreu em 21 de setembro de 1930 (Clarice tinha apenas 9 anos), após vários anos sofrendo com as consequências da Sífilis, supostamente contraída por conta de um estupro sofrido durante a Guerra Civil Russa, enquanto a família ainda estava na Ucrânia. Clarice sofreu com a morte da mãe, e muitos de seus textos refletem a culpa que a autora sentia e figuras de milagres que salvariam sua mãe.[2]
Quando tinha 15 anos seu pai decidiu se mudar para o Rio de Janeiro. Sua irmã Elisa conseguiu um emprego no ministério, por intervenção do então ministro Agamenon Magalhães, enquanto seu pai teve dificuldades em achar uma oportunidade na capital. Clarice estudou em uma escola primária na Tijuca, até ir para o curso preparatório para a Faculdade de Direito. Foi aceita para a Escola de Direito na então Universidade do Brasil em 1939. Se viu frustrada com muitas das teorias ensinadas no curso, e descobriu um escape: a literatura. Em 25 de maio de 1940, com apenas 19 anos, publicou seu primeiro conto "Triunfo" na Revista Pan.
Três anos depois, após uma cirurgia simples para a retirada de sua vesícula biliar, seu pai Pedro morre de complicações do procedimento. As filhas ficam arrasadas com as circunstâncias da morte tão inesperada, e como consequência Clarice se afasta da religião judaica. No mesmo ano, Clarice chama a atenção (provavelmente com o conto "Eu e Jimmy") de Lourival Fontes, então chefe do Departamento de Imprensa e Propaganda (órgão responsável pela censura no Estado Novo de Getúlio Vargas), e é alocada para trabalhar na Agência Nacional, responsável por distribuir notícias aos jornais e emissoras de rádio da época. Lá conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por quem se apaixonou (não correspondido, já que Lúcio era homossexual) e de quem se tornou amiga íntima [2].
Em 1943, no mesmo ano de sua formatura, casou-se com o colega de turma Maury Gurgel Valente, futuro pai de seus dois filhos. Maury foi aprovado no concurso de admissão na carreira diplomática, e passou a fazer parte do quadro do Ministério das Relações Exteriores. Em sua primeira viagem como esposa de diplomata, Clarice morou na Itália onde serviu durante a Segunda Guerra Mundial como assistente voluntária junto ao corpo de enfermagem da Força Expedicionária Brasileira. Também morou em países como Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, países para onde Maury foi escalado. Apesar disso, sempre falou em suas cartas a amigos e irmãs como sentia falta do Brasil.
Em 10 de agosto de 1948, nasce em BernaSuíça o seu primeiro filho, Pedro.[3]. Quando criança Pedro se destacava por sua facilidade de aprendizado, porém na adolescência sua falta de atenção e agitação foram diagnosticados como esquizofrenia. Clarice se sentia de certa forma culpada pela doença do filho, e teve dificuldades para lidar com a situação.[2]
Em 10 de fevereiro de 1953, nasce Paulo, o segundo filho de Clarice e Maury, em Washington, D.C., nos Estados Unidos.[3]
Em 1959 se separou do marido que ficou na Europa e voltou permanentemente ao Rio de Janeiro com seus filhos, morando no Leme.[2] No mesmo ano assina a coluna "Correio feminino - Feira de Utilidades", no jornal carioca Correio da Manhã, sob o pseudônimo de Helen Palmer. No ano seguinte, assume a coluna "Só para mulheres", do Diário da Noite, como ghost-writer da atriz Ilka Soares.
Provoca um incêndio ao dormir com um cigarro acesso em 14 de setembro de 1966, seu quarto fica destruído e a escritora é hospitalizada entre a vida e a morte por três dias. Sua mão direita é quase amputada devido aos ferimentos, e depois de passado o risco de morte, ainda fica hospitalizada por dois meses.[3]
Em 1975 foi convidada a participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria, em Cali na Colômbia. Fez uma pequena apresentação na conferência, e falou do seu conto "O ovo e a Galinha", que depois de traduzido para o espanhol fez sucesso entre os participantes. Ao voltar ao Brasil, a viagem de Clarice ganhou ares mitológico, com jornalistas descrevendo (falsas) aparições da autora vestida de preto e coberta de amuletos. Porém, a imagem se formou, dando a Clarice o título de "a grande bruxa da literatura brasileira". Seu próprio amigo Otto Lara Resende disse sobre a obra de Lispector: "não se trata de literatura, mas de bruxaria." [2]
Foi hospitalizada pouco tempo depois da publicação do romance A Hora da Estrela com câncer inoperável no ovário, diagnóstico desconhecido por ela. Faleceu no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes de seu 57° aniversário. Foi enterrada no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro. Até a manhã de seu falecimento, mesmo sob sedativos, Clarice ainda ditava frases para sua amiga Olga Borelli.[2]
Durante toda sua vida Clarice teve diversos amigos de destaque como Fernando SabinoLúcio CardosoRubem BragaSan Tiago Dantas e Samuel Wainer, entre diversos outros literários e personalidades.

A Hora da Estrela é o penúltimo romance e último livro publicado em vida pela escritora brasileira Clarice Lispector.
romance narra a história da datilógrafa alagoana Macabéa, que migra para o Rio de Janeiro, tendo sua rotina narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. O livro possui duas temáticas: é uma obra sobre a vida de uma retirante na cidade grande, mas também uma reflexão sobre o papel da escritora na sociedade antiga. É talvez o seu romance mais famoso, sendo adaptado para o cinema por Suzana Amaral em 1985.

O romance narra as desventuras de Macabéa, uma moça sonhadora e ingênua, recém-chegada do Nordeste ao Rio de Janeiro, às voltas com valores e cultura diferentes. Macabéa leva uma vida simples e sem grandes emoções. Começa a namorar Olímpico de Jesus, que não vê nela chances de ascensão social de qualquer tipo. Assim sendo, abandona-a para ficar com Glória (colega de trabalho de Macabéa), cujo pai era açougueiro, o que sugeria ao ambicioso nordestino a possibilidade de melhora financeira.
Sentindo dores constantes, Macabéa vai ao médico e descobre que tem tuberculose, mas não conta a ninguém. Glória percebe a tristeza da colega e a aconselha a buscar consolo numacartomante. Madame Carlota prevê um futuro feliz, que viria de um estrangeiro que ela conheceria assim que ela saísse daquela casa, homem louro com quem casaria. De certa forma, é o que acontece: ao sair da casa da cartomante, Macabéa é atropelada por uma Mercedes amarela guiada por um homem loiro e cai no asfalto onde morre.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Clarice Lispector e "A Hora da Estrela"



Sobre a Autora: 

Clarice Lispector, nascida Haia Pinkhasovna Lispector (Tchetchelnik, 10 de dezembrode 1920 — Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977) foi uma escritora e jornalista brasileira, nascida na Ucrânia e naturalizada brasileira.

Sobre o Livro:


A Hora da Estrela é o penúltimo romance e último livro publicado em vida pela escritora brasileira Clarice Lispector.
O romance narra a história da datilógrafa alagoana Macabéa, que migra para o Rio de Janeiro, tendo sua rotina narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. O livro possui duas temáticas: é uma obra sobre a vida de uma retirante na cidade grande, mas também uma reflexão sobre o papel da escritora na sociedade antiga. 

Sobre o Filme: 
A hora da estrela é filme brasileiro de 1985, do gênero drama, dirigido por Suzana Amaral. O roteiro é uma adaptação do romance homônimo de Clarice Lispector.
http://www.youtube.com/watch?v=376JgN-2cEc

Fonte: 
Wikipedia, Youtube

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Sarau do Terror

Nosso Dia dos Mortos foi muito especial. Mais uma vez nos reunimos para um Sarau onde lemos contos de terror. Uma ótima seleção sem duvidas! Como convidados V.I.P. tivemos Dona Dodora, Rodrigo, Tiao e Goebbles.
Comida boa e ótima conversa!

Ate a próxima!

domingo, 28 de outubro de 2012

Encontro do Livro "A Nausea"

Neste sábado tivemos o encontro do livro "A Náusea". Encontro super prazeroso, mas só as meninas de novo (rapazes, cade vocês???) e uma pessoa nova pra agregar ao nosso grupinho. Bem vinda!!!

Agora temos um novo livro, "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector, escolhido entre:


  1. "A Menina que Roubava Livros" de Markus Zusak
  2. "O Fio da Navalha" de W. Somerset Maugham
  3. "Orlando" de Virginia Woolf
  4. "Cartas de Um Diabo Ao Seu Aprendiz" de C.S. Lewis
  5. "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector

Aproveitem a leitura. A discussão será no dia 24 de novembro.

Ate la. 



terça-feira, 25 de setembro de 2012

Autor


Jean-Paul Sartre

Jean-Paul Sartre nasceu em Paris, no dia 21 de junho de 1905. O pai faleceu dois anos depois e a mãe, Anne-Marie Schweitzer, mudou-se para Meudon, nos arredores da capital, a fim de viver na casa de Charles Schweitzer, avô materno de Sartre. Sobre a morte do pai, escreverá mais tarde: “Foi um mal, um bem? Não sei; mas subscrevo de bom grado o veredicto de um eminente psicanalista: não tenho Superego”.
Seja como for, talvez a ausência da figura paterna em sua vida possa explicar por que Sartre se tornou um homem radicalmente livre, tomada a expressão no sentido que ele lhe dará posteriormente: não existe uma natureza humana, é o próprio homem, numa escolha livre porém “situada”, quem determina sua própria existência.
Outro traço marcante na formação de Sartre foi a imaginação criativa, alimentada pela leitura precoce e intensiva: “...por ter descoberto o mundo através da linguagem, tomei durante muito tempo a linguagem pelo mundo. Existir era possuir uma marca registrada, alguma porta nas tábuas infinitas do Verbo; escrever era gravar nela seres novos foi a minha mais tenaz ilusão , colher as coisas vivas nas armadilhas das frases...” Como conseqüência, aos dez anos de idade quis tornar-se escritor e ganhou uma máquina de escrever. Seria seu instrumento de trabalho por toda a vida.
Em 1924, aos dezenove anos de idade, Sartre ingressou no curso de filosofia da Escola Normal Superior, onde não foi aluno brilhante, mas muito interessado, especialmente pelas aulas de Alain (1868-1951), que dedicava atenção particular à discussão do problema da liberdade. Na Escola Normal, Sartre conheceu Simone de Beauvoir (1908 - 1986), “uma moça bem-comportada” que lhe afirmou : “A parti r de agora, eu tomo conta de você”. Desde então, nunca mais se separaram.
Terminado o curso de filosofia, em 1928, Sartre teve de prestar o serviço militar e o fez em Tours, na função de meteorologista Depois disso obteve uma cadeira de filosofia numa escola secundária do Havre, cidade portuária. Nessa época escreveu um romance, A Lenda da Verdade, recusado pelos editores. Em 1933, passou um ano em Berlim, estudando a fenomenologia de Edmund Husserl (1859-1938), as teorias existencialistas de Heidegger e Karl Jaspers (1883-1969) e a filosofia de Max Scheller (1874-1928). A partir desses autores, Sartre foi levado a obras de Kierkegaard (1813-1855). Apoiado nessas referências principais, Sartre elaborou sua própria versão da filosofia existencialista.
Na Alemanha, Sartre iniciou a redação de Melancolia, romance mais tarde concluído e intitulado A Náusea. De volta à França, publicou, em 1936, A Imaginação e A Transcendência do Ego, trabalhos marcados por forte influência da fenomenologia. Em 1938, foi editada A Náusea. Um ano depois, uma coletânea de contos,  O Muro, e o ensaio Esboço de uma Teoria das Emoções; em 1940, mais um ensaio, O Imaginário, que, como o anterior, utilizava  o método fenomenológico.


A Náusea - Jean Paul Sartre

Em 1938, Jean-Paul Sartre publicou seu mais importante romance: A Náusea. O livro não é apenas um romance comum, Sartre criou uma obra prima que mistura filosofia e uma acessível narrativa, e com ela esboçou, usando a arte como artifício, o existencialismo, só formalizado em O Ser e o Nada de 1943.
A estória se baseia nos diários de Antoine Roquetin, um fictício historiador que viajou a Europa inteira e se estabeleceu em uma pequena cidade portuária da França: Bouville. E é justamente nesse último acontecimento de sua vida que ele começa a escrever o diário. Roquetin mora sozinho em Bouville, e à medida que vai ficando absorto em sua solidão, se descobre com estranhas idéias acerca do sentido da existência e o quanto ela pode ser vazia e sem significado. Quando Roquetin se depara com a realidade ele sente náuseas por acreditar que essa realidade é inócua e sem embasamento.
Antoine Roquetin discorre sobre a sua nova concepção da existência, e muitos dos seus pensamentos são indigestos por tocarem em pontos sensíveis da sociedade moderna. Ele acha que sua própria liberdade física e mental é inútil e por isso crê que a existência humana chega a ser muitas vezes ignóbil e medíocre.
A Náusea é um livro extremamente reflexivo e passível de inúmeras interpretações. Ele aborda a questão que o homem mais anseia solucionar em toda sua vida, o sentido da existência e o quão irracional isso pode ser. Esse é o livro ideal para quem quer se iniciar na aventura intelectual que é a filosofia e com ela tornar a vida muito mais consciente.

sábado, 15 de setembro de 2012

Encontro no Parque

Hoje, em um animado piquenique no Parque Municipal, discutimos o livro "Medo e Delírio em Las Vegas". Só  as garotas do grupo compareceram desta vez e nosso visitante Rodrigo. (futuro membro???).

O processo de escolha do livro desta vez foi bastante tenso e polêmico. Após horas, recontagem de votos, muitas lágrimas e protestos (ta bom, exagerei!) nosso próximo livro foi escolhido.

Os livros sugeridos foram:

1. A Náusea - Jean-Paul Sartre
2. O Senhor das Moscas - William Golding
3. 1984 - George Orwell
4. Mrs. Dallaway - Virginia Woolf
5. Tomates Verdes Fritos - Fannie Flagg

Nosso próximo livro será  A Náusea por Jean-Paul Sartre e o encontro no dia 27 de Outubro.
Vejo vocês lá!


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Medo e Delírio em Las Vegas de Hunter S. Thompson.
 
"A busca ensandecida pelo verdadeiro Sonho Americano - uma jornada terrível, acompanhada por Rolling Stones, LSD, Jefferson Airplane e a paranóia dos EUA de Richard Nixon, rumo ao coração do deserto, pulsando hipnotizante com o seu neon. E assim um jornalista norte-americano e seu advogado "samoano" embarcam num Chevy vermelho conversível, com a missão de cobrir uma corrida de motocicletas em Las Vegas. Para enfrentar essa laboriosa tarefa, enchem o porta-malas do carro alugado com um estoque interminável de drogas e saem dirigindo pelo deserto de Nevada, partindo em alta velocidade de Los Angeles e parando apenas para dar carona a um incauto - que não permanece muito tempo a bordo do veículo."

Não li, mas achei o filme (Terry Gilliam, 1998) muito engraçado. Espero que o livro seja no mesmo nível. Mas a vontade de ler mesmo é só porque vou pra Vegas e pretendo me inspirar...no que não fazer.
O período e o contexto nos quais o livro foi escrito (em torno de 1971) me parecem bem relevantes, então uma boa pesquisa de campo pode ser uma boa... Infelizmente, ainda não achei o livro em português, mas sei que tem da LPM (bolso). Boas leituras.


Ps: espero que este post esteja do agrado dos demais membros deste clube, exigentes como são... senão, me perdoem porque sou nova nesse troço.


sábado, 4 de agosto de 2012

Encontro do Livro A Humilhação

O primeiro encontro para discussão de um livro após nossas longas ferias foi fantástico. Todos muito envolvidos e animados, um livro complexo e opiniões diversas, com muito respeito, definiram nosso encontro. Obrigada a todos pela presença.

Para fechar, mais um eficiente e altamente complexo sorteio do próximo livro.
Entre os livros indicados estavam:

  1. A Menina que não Sabia Ler.
  2. O Menino do Pijama Listrado
  3. Medo e Delírio em Las Vegas.
  4. O Grande Mentecapto.
  5. O Espião que Sabia Demais.
  6. O  Homem que Queria Ser Rei
  7. Demian.
O livro escolhido foi Medo e Delírio em Las Vegas de Hunter Thompson.

Nosso próximo encontro será em setembro. Vejo todos lá.  

segunda-feira, 9 de julho de 2012

A HUMILHAÇÃO


Aos 65 anos, Simon Axler, um renomado ator de teatro, sobe no palco e constata que não sabe mais atuar. De uma hora para outra toda sua autoconfiança se esvai, e ele perde a capacidade de interpretar os personagens que, ao longo de uma extensa carreira artística, haviam lhe trazido renome. A partir daí, sua vida entra numa espiral de perdas: a mulher vai embora, o público o abandona e seu agente não consegue convencê-lo a retomar o trabalho. Obcecado com a ideia do suicídio, Simon se interna numa clínica psiquiátrica.

No meio desse relato terrível de uma autoanulação inexplicável e apavorante, irrompe um enredo em sentido contrário. Simon se envolve numa relação passional com uma mulher mais jovem, homossexual, filha de um casal de atores que ele conheceu na juventude. Nasce daí um desejo erótico avassalador, um consolo para uma vida de privação, mas tão arriscado e aberrante que aponta não para o conforto e a gratificação, e sim para um desenlace ainda mais negro e chocante. 
Nessa longa viagem noite adentro, relatada com a combinação de intensidade, virtuosismo e seriedade que é a marca de Philip Roth, todos os artifícios que usamos para nos convencer de nossa solidez, todos os desempenhos de nossas vidas - talento, amor, sexualidade, esperança, energia, reputação -, tudo isso vira pó.


A humilhação faz parte de uma série de narrativas que Philip Roth vem publicando nos últimos anos. Essas obras - O animal agonizanteHomem comum e Fantasma sai de cena - tematizam a velhice, a perda, a paixão e a morte com vigor e contundência extraordinários. Ao contrário de seu protagonista, Roth está em plena forma, e não perdeu a capacidade de surpreender e empolgar seus leitores.

Philip Roth


                                                                                                     
Roth, um dos maiores escritores americanos vivos, acha que a literatura está morrendo. “Não por falta de bons escritores, o público é que morreu”, diz, com jeito de quem não tem a menor dúvida sobre o futuro pouco brilhante dos livros no mundo tecnológico contemporâneo. Depois de ganhar todos os prêmios literários americanos, ele acaba de ser “canonizado” com a publicação de seus livros na coletânea de clássicos Library of America, uma honraria reservada geralmente aos monstros sagrados que já morreram há muito tempo, como Faulkner ou Melville. O que ele acha disso? “Melhor do que ser atropelado por um caminhão, não?”, responde, com a ironia sombria, típica dos personagens de seus livros. O homem não cede um milímetro às mundanidades da vida: mora sozinho num sítio em Connecticut, diz que não dialoga com nenhum dos escritores contemporâneos desde que Saul Bellow, seu grande amigo e inspirador, morreu há cinco meses. Quando virou uma celebridade, nos idos de 1968, ao lançar “O Complexo de Portnoy”, passou a viver só na comunidade tcheca em Manhattan — uma maneira de se exilar em sua própria cidade — e depois foi viver no exterior. Dá pouquíssimas entrevistas e é ele quem liga na hora marcada para evitar que seu número de telefone fique circulando entre jornalistas. É gentil, mas não cai em nenhuma armadilha de marketing, como a tentativa dos críticos que querem ver no seu livro mais recente, “Complô contra a América” (lançado no Brasil pela Companhia das Letras) uma metáfora do governo Bush. Já disse que acha o presidente americano incapaz de cuidar da loja da esquina, mas não crê que cabe ao escritor o papel de fazer crítica política. “Não sou profeta, não sou sociólogo, não sou analista político, sou apenas um modesto escritor. Meu trabalho é escrever da melhor maneira possível”, diz ele. 


Por Helena Celestino, disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br/philiproth1.html


Em 1997, Philip Roth ganhou o prêmio Pulitzer por Pastoral americana. Em 1998, recebeu a National Medal of Arts na Casa Branca e, em 2002, conquistou a mais alta distinção da American Academy of Arts and Letters, a Gold Medal in Fiction. Recebeu duas vezes o National Book Award e o National Book Critics Circle Award, e três vezes o prêmio PEN/Faulkner. Complô contra a América foi premiado pela Society of American Historians em 2005. Roth recebeu dois prestigiosos prêmios da PEN: O PEN/Nabokov (2006) e o PEN/Saul Bellow (2007). E, em 2011, ganhou o Man Booker International Prize. É o único escritor americano vivo a ter sua obra publicada em edição completa pela Library of America.


domingo, 8 de julho de 2012

Sarau do Retorno

No último sábado tivemos nosso Sarau do Retorno. Depois de um longo e tenebroso inverno, nos voltamos! 

Nosso encontro foi no aconchegante Café do Palácio. Lá discutimos sobre as Regras do grupo (veja pé de página) e sobre o próximo livro a ser lido.

Cada membro indicou um livro. Foram eles:

1.       “A Humilhação” de Philip Roth
2.       “Melancia” de Marian Keyes
3.       “O Natimorto” de Lourenço Mutarelli

O processo de escolha do livro, o mais elaborado e ousado até agora, contou com uma patrocinadora, a Livraria Leitura, que (não) nos autorizou a utilizar seus livros. E como resultado o livro escolhido foi “A Humilhação” de Philip Roth.

A discussão do livro, nosso próximo encontro, será em no dia 4 de agosto (sábado).