Cowsandsheep

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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Autor


Jean-Paul Sartre

Jean-Paul Sartre nasceu em Paris, no dia 21 de junho de 1905. O pai faleceu dois anos depois e a mãe, Anne-Marie Schweitzer, mudou-se para Meudon, nos arredores da capital, a fim de viver na casa de Charles Schweitzer, avô materno de Sartre. Sobre a morte do pai, escreverá mais tarde: “Foi um mal, um bem? Não sei; mas subscrevo de bom grado o veredicto de um eminente psicanalista: não tenho Superego”.
Seja como for, talvez a ausência da figura paterna em sua vida possa explicar por que Sartre se tornou um homem radicalmente livre, tomada a expressão no sentido que ele lhe dará posteriormente: não existe uma natureza humana, é o próprio homem, numa escolha livre porém “situada”, quem determina sua própria existência.
Outro traço marcante na formação de Sartre foi a imaginação criativa, alimentada pela leitura precoce e intensiva: “...por ter descoberto o mundo através da linguagem, tomei durante muito tempo a linguagem pelo mundo. Existir era possuir uma marca registrada, alguma porta nas tábuas infinitas do Verbo; escrever era gravar nela seres novos foi a minha mais tenaz ilusão , colher as coisas vivas nas armadilhas das frases...” Como conseqüência, aos dez anos de idade quis tornar-se escritor e ganhou uma máquina de escrever. Seria seu instrumento de trabalho por toda a vida.
Em 1924, aos dezenove anos de idade, Sartre ingressou no curso de filosofia da Escola Normal Superior, onde não foi aluno brilhante, mas muito interessado, especialmente pelas aulas de Alain (1868-1951), que dedicava atenção particular à discussão do problema da liberdade. Na Escola Normal, Sartre conheceu Simone de Beauvoir (1908 - 1986), “uma moça bem-comportada” que lhe afirmou : “A parti r de agora, eu tomo conta de você”. Desde então, nunca mais se separaram.
Terminado o curso de filosofia, em 1928, Sartre teve de prestar o serviço militar e o fez em Tours, na função de meteorologista Depois disso obteve uma cadeira de filosofia numa escola secundária do Havre, cidade portuária. Nessa época escreveu um romance, A Lenda da Verdade, recusado pelos editores. Em 1933, passou um ano em Berlim, estudando a fenomenologia de Edmund Husserl (1859-1938), as teorias existencialistas de Heidegger e Karl Jaspers (1883-1969) e a filosofia de Max Scheller (1874-1928). A partir desses autores, Sartre foi levado a obras de Kierkegaard (1813-1855). Apoiado nessas referências principais, Sartre elaborou sua própria versão da filosofia existencialista.
Na Alemanha, Sartre iniciou a redação de Melancolia, romance mais tarde concluído e intitulado A Náusea. De volta à França, publicou, em 1936, A Imaginação e A Transcendência do Ego, trabalhos marcados por forte influência da fenomenologia. Em 1938, foi editada A Náusea. Um ano depois, uma coletânea de contos,  O Muro, e o ensaio Esboço de uma Teoria das Emoções; em 1940, mais um ensaio, O Imaginário, que, como o anterior, utilizava  o método fenomenológico.


A Náusea - Jean Paul Sartre

Em 1938, Jean-Paul Sartre publicou seu mais importante romance: A Náusea. O livro não é apenas um romance comum, Sartre criou uma obra prima que mistura filosofia e uma acessível narrativa, e com ela esboçou, usando a arte como artifício, o existencialismo, só formalizado em O Ser e o Nada de 1943.
A estória se baseia nos diários de Antoine Roquetin, um fictício historiador que viajou a Europa inteira e se estabeleceu em uma pequena cidade portuária da França: Bouville. E é justamente nesse último acontecimento de sua vida que ele começa a escrever o diário. Roquetin mora sozinho em Bouville, e à medida que vai ficando absorto em sua solidão, se descobre com estranhas idéias acerca do sentido da existência e o quanto ela pode ser vazia e sem significado. Quando Roquetin se depara com a realidade ele sente náuseas por acreditar que essa realidade é inócua e sem embasamento.
Antoine Roquetin discorre sobre a sua nova concepção da existência, e muitos dos seus pensamentos são indigestos por tocarem em pontos sensíveis da sociedade moderna. Ele acha que sua própria liberdade física e mental é inútil e por isso crê que a existência humana chega a ser muitas vezes ignóbil e medíocre.
A Náusea é um livro extremamente reflexivo e passível de inúmeras interpretações. Ele aborda a questão que o homem mais anseia solucionar em toda sua vida, o sentido da existência e o quão irracional isso pode ser. Esse é o livro ideal para quem quer se iniciar na aventura intelectual que é a filosofia e com ela tornar a vida muito mais consciente.

sábado, 15 de setembro de 2012

Encontro no Parque

Hoje, em um animado piquenique no Parque Municipal, discutimos o livro "Medo e Delírio em Las Vegas". Só  as garotas do grupo compareceram desta vez e nosso visitante Rodrigo. (futuro membro???).

O processo de escolha do livro desta vez foi bastante tenso e polêmico. Após horas, recontagem de votos, muitas lágrimas e protestos (ta bom, exagerei!) nosso próximo livro foi escolhido.

Os livros sugeridos foram:

1. A Náusea - Jean-Paul Sartre
2. O Senhor das Moscas - William Golding
3. 1984 - George Orwell
4. Mrs. Dallaway - Virginia Woolf
5. Tomates Verdes Fritos - Fannie Flagg

Nosso próximo livro será  A Náusea por Jean-Paul Sartre e o encontro no dia 27 de Outubro.
Vejo vocês lá!